Uma família atípica afirma ser ameaçada por vizinhos em um conjunto habitacional de Sorocaba (SP) e chama a atenção para a invisibilização de pessoas com deficiência pretas e pobres, além de criticar a indiferença de representantes da diversidade. Gabriela, Moisés e o menino Beny, filho do casal, três pessoas negras e com deficiência, moravam em um apartamento no andar térreo do condomínio Jerivas, no bairro Carandá, mas tiveram que fugir do local no começo desta semana e estão abrigados na casa de amigos.
O problema começou com um pedido de compreensão sobre as características da família. Gabriela Pereira dos Santos, de 36 anos, e Moisés dos Santos Silva, de 30, são autistas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). O diagnóstico do marido ainda não está confirmado e pode incluir dislexia. Benyamin Luiz, de 8 anos, tem síndrome de Down, é autista e surdo. “O conjunto tem regras sobre barulho, espaço para brincar, fumódromo e o horário certo para todas essas atividades, mas uma família específica não respeita nada, fumam até maconha na frente da nossa janela. Então, com toda educação, sempre pedimos para entenderem como isso dificulta muito nossa rotina. Fico desregulada, meu filho entra em crise”, explica Gabriela.
Gabriela afirma se sentir abandonada pela mesma rede de pessoas com deficiência que costuma apoiar. “Perceba que ninguém quer saber de pessoas com deficiência pretas e pobres”, desabafa.
Fonte: blog Vencer Limites/ Estadão
Alex Duarte é graduado em Comunicação Social, pós graduado em Psicopedagogia Clínica e especialista em Neurociências. É fundador do Instituto Cromossomo 21, autor de cinco livros e palestrante há quinze anos na área de inclusão/diversidade. Eleito como cidadão brasileiro pela Academia De Letras e Ciências de São Paulo, também estagiou na Fundação Roberto Marinho e foi um dos representantes do Brasil na ONU pelo dia internacional da Síndrome de Down. Alex é o primeiro jovem no HAITI a documentar a Missão de Paz da ONU, premiado por esse trabalho no Festival de Cinema de Gramado. Também atuou como professor do Ponto de Cultura Ação Cultural Integrada, pelo Governo Federal e no programa Escola Aberta para todos no Estado do RS. Fez carreira como diretor de cinema e teve seu filme Cromossomo 21 premiado em Hollywood e exibido comercialmente nos cinemas do Brasil. Alex também desenvolveu um método de empoderamento para pessoas com deficiência intelectual no programa Expedição 21, objeto de pesquisa científica em andamento pela Universidade de São Paulo-USP através do neurocientista Fernando Gomes e equipe.
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